terça-feira, 2 de junho de 2009

Poluição no uniforme corintiano incomoda patrocinador majoritário

Responsável por 90% do faturamento corintiano referente ao uniforme, a Perdigão, detentora da marca Batavo, está insatisfeita com o loteamento da camisa do Corinthians. A estratégia foi anunciada como um dos principais trunfos do clube para trazer o atacante Ronaldo no início do ano.Segundo matéria publicada na Folha nesta terça-feira, a empresa já teria inclusive consultado advogados para um possível rompimento de acordo que, segundo o contrato, vai até o início do ano que vem. Uma possível rescisão obrigaria a empresa a pagar o restante do valor previsto no documento.A Batavo se sente prejudicada pelo excesso de marcas expostas no uniforme, que contém até anúncio nas axilas. Responsável por 90% do faturamento vindo da camisa, a empresa alega não ter uma exposição proporcional ao valor de seu patrocínio."No contrato não diz que só ela que pode estar na camisa. Ela deveria ver com essas empresas de pesquisa o quanto tem de retorno", contestou o presidente do Corinthians Andres Sanchez ao jornal. Boa parte desses outros anúncios presentes nas mangas e no calção é responsável por arcar com a permanência de Ronaldo no clube, em valores que chegam a R$ 8 milhões, segundo o Corinthians."Pelos nossos estudos, o torcedor não assimila várias marcas ao mesmo clube", afirmou César Gualdani, executivo da TNS Sport, braço da empresa especializada em pesquisas, que argumentou que quando uma equipe se associa a várias marcas cai o índice de lembrança do torcedor, prejudicando a sua exposição.Clubes da Europa não utilizam este modelo para sua receita. O Real Madrid, por exemplo, faturou cerca de R$ 387 milhões este ano com um único anúncio no uniforme, que corresponde a apenas 12% do faturamento do clube.

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